quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pode parecer ironico o modo em que minha vida está sempre terrível, estou sempre triste, me lamentando, vivendo de passado.
Hoje quando acordei, percebi que alguma coisa estava mudando, uma coisa que dói dentro de mim, completamente involuntária, ele está sumindo, aos poucos, tem dias em que ele não vem me visitar, sua alma está cada vez mais longe, posso sentir isso.
Não passei no vestibular, que novidade, não? Preciso estudar, esse é meu último ano com as pessoas pelas quais sinto afeto. No próximo, vou sumir, enfim a liberdade, a que eu sempre sonhei, longe de tudo e qualquer sombra do passado.
Estou confusa, a parte do meu cérebro que estimula meus sentimentos está me pregando uma peça e tanto! Entre o morto e logicamente outra pessoa. Me anima, mas ao mesmo tempo me deixa nervosa, chega a ser insuportável mas é agradável.
Minha mãe está me deixando louca, meu colégio, minhas amigas, meus cachorros, meu irmão, meu pai, meus avós, minhas roupas, meu cabelo, meu rosto, tudo.
Gostaria de fechar os olhos, contar até três e estar em um lugar completamente diferente.
 - Um lugar florido, com pássaros cantando, algumas árvores que me proporcionam sombra, uma temperatura legal, não tão frio e nem um pouco de calor, algumas cervejas, meu café e como sempre o meu cigarro.Faria minha própria música, minha alma me guiaria, rodaria sem parar, respiraria com um enorme prazer e agradeceria por estar viva e sozinha.

A.