domingo, 6 de novembro de 2016

Por mais tempo que passe, não sei o por quê. Eu juro, parece que a felicidade simplesmente passa pelos meus dedos.
Pode ser algo de meu ser, pode ser o universo, mas quem sou eu para fazer tal acusação?
Estou naquele lugar, Posso tudo. Não posso nada. 
É difícil, mas o que não é? 
Tanto transtorno, tanta coisa. É chato, nem escrever mais eu consigo. 
Me vejo como uma cientista, iniciante, claro, o que eu sei?
Madura, talvez um pouco, mas quem é maduro? É sério, quem?
Tento tomar decisões, algumas de muito peso, mas qualquer decisão tem o poder de mudar radicalmente nossa vida. 
Eu quero! Eu quero! 
Sabe aquela bolha de sabão? Pois então, cá estou. 

Uma terrível noite. 
AP 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mil cigarros.

Os lábios quentes aproximaram-se de sua orelha, - Be happy.
Foi como um tornado, já não entendia mais nenhum sentimento. Ela achava que possuia todas as certezas do mundo, mas se perdeu naquele abraço quente, nos toques delicados, com os sussurros ao pé do ouvido. 
Mesmo com todos os medos mais obscuros, resolveu aproximar-se, decidiu entregar-se.
Talvez seja cedo, talvez seja o destino, o acaso.Poderia até ser aquela-vontade-irresistível-de-ser-irresistível, mas foi, e a cada dia enxergava-se perdendo-encontrando. Uma necessidade indescritível de fazê-lo feliz, um abismo encantado.
- Posso te fazer feliz? Quero ser aquela-mulher. Vamos apagar o passado. Começaremos do zero, ou talvez do mil, mas tem que ser com você, eu-e-você, nós-dois-juntos, com todo pleunasmo possível, quero ter você, bem aqui, dentro de mim, com toda ambiguidade restante. Dormir e acordar com teu cheiro em mim. Te amar de uma maneira em que sentiria meu peito estourando de tanta felicidade.
- Deixa, vai...

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Corselet Preto III

- Aceita um café?
Incrível como tudo naquele lugar me parecia familiar,  talvez fossem os cheiros, aliás, nunca os esqueço.
- Claro!
- Diga-me, Elisa, o que te traz à Pelotas denovo?
- Problemas, sabes bem como sou, querido.
- E Fadel, por que não está com você?
- Problemas, sabes bem como os atraio.
O som de sua risada sempre me reconfortou, talvez seja este o motivo pelo qual sempre acabo voltando... como se alguma coisa dentro de mim me atirasse aos seus braços.
- Seu café, amargo como sua tristeza hoje.
- Obrigada, meu bem. Faz tempo que não volto aqui.
- Contiua tudo igual, menos eu.
Ele estava realmente diferente, não sabia dizer se era a barba ou se eram seus olhos que ficavam sempre a brilhar.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Simples

Tô naquele momento em que nos encontramos de passagem. Passei por alí-e-aqui. Simples assim.
Aquela vontade inexplicável de reinventar o mundo. De tanto tropeçar, agora, vou saltitar.

domingo, 26 de junho de 2011

"Quando parece que o amor verdadeiro é difícil de se encontrar, ele chega na hora certa. Bem, você pode chamar de sorte ou destino. Às vezes parece que é mesmo um mistério, pois você pode ser ferido pelo amor
ou curado pelo mesmo. O tempo é tudo"

Não consigo passar minhas ideias aqui hoje, aliás, faz tempo que não consigo.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Decadência espiritual.

Noites à fio com um cigarro entre os dedos, a insônia me irritando, fazendo lembrar dele. Ele, que me deixou e não quis mais voltar. Algo inusitado, para mim, não para ele. Como Caio Fernando disse - O silêncio e a imobilidade foram dois dos jeitos menos dolorosos que encontrei, naquele tempo, para ocupar meus dias, meu apartamento, minha cama, meus passeios, meus jantares, meus pensamentos, minhas trepadas e todas essas outras coisas que formam uma vida com ou sem alguém como Ana dentro dela. - e confirmo novamente, como ele, trai-lo é mais doloroso do que o momento em que me deixou.
Como pode alguém amar após algo tão traumatizante? Claro, eu fui traumatizada, não ele. 
Sem Franco, não sem Ana. Ana já era, Caio. Como as bolhas de sabão que tu tanto deseja que um vento leve para longe. Mas eu não fui. Não sou a Ana, sou a outra Ana. E a minha Ana, Franco, me deixou. 
Nenhuma trepada resolve, sei como é. Esse desejo de ser irresistivelmente desejado por alguém que seja Ana ( ou Franco ).

sábado, 30 de abril de 2011