quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Então desisti. O silêncio. A ausência. O desamor.
Nada faz sentido. Sofro, escrevo, me sacrifico, por você.
Quero seu corpo ao meu lado. 
Amores antigos usados como desculpas. 
Escondo meu desejo. Não posso admitir que te amo.
Seu amor me convém. Me aquece.
Lembro de um passado nosso. 
Existiu? Sonhei?
Não tenho mais escolhas.
Você está cada vez mais longe. 
Minha inspiração, meu molde.
Palavras que antes eram de um amor ardente, hoje são orações de sofrimento, angústia.
Me ajude. Te odeio. Te amo. Não preciso de você, mas te quero.
É fogo, amor, raiva, desejo, paixão, é simplesmente ódio. JB

Uma péssima noite, Ana Paula. 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Calor do corpo e o tempo passado.
Espírito. Alma. Forma. Desejo. 
Arde. Lateja. Sufoca. Melhora.
Quero cada vez mais.
Leve meu corpo daqui.
Use-me. Sufoque-me.
Tire de mim esse peso.
Renove minha alma.
Dê-me minha droga.
Quero viver. Faça-me sentir.
Faço de minha vida um livro sem final. 
De um modo desesperado, preciso de uma continuação.
Tenho tanto o que expressar. Meus dons não são muitos.
Tantas formas maravilhosas que encontro arte, e eu sem domínio. 
Escrever coisas banais, sobre o que vejo e sinto me alivia, um peso do mundo saindo de dentro de mim. Me domina e eu a valorizo.
Confuso e desesperado, mas é uma forma simples de expressar o que realmente sou.
Os calafrios estão tomando conta do meu corpo. Minha cabeça dói de uma maneira indescritível. 
Dor, febre, o calor de fora para detro e alucinações que me pertubam sempre. Há algo em meu passado que me persegue. Não é desta vida.
Penso se minha alma fora sempre de uma pessoa apaixonada.
De um tempo para cá, sonho com um soldado. Estados Unidos, tempo de guerra, perdi meu marido. Soa como um aviso.
Possuia uma casa pequena, um belo jardim, um balanço pendurado em uma árvore velha.
Tudo parecia formidável. Penso como se realmente fosse eu. Um dia chegou uma carta e ele teve de ir para a guerra. O tempo passava e eu simplesmente não tinha noticias até que em uma terrível manhã recebo outra, tive medo de abrir e com razão.
Ele se foi. Só me restavam as lembranças.
É como no sonho, a dor me faz sentir uma vitalidade brusca. 
Memórias estão comigo, provavelmente não se vão. 
Não sei como agir.
Não sei o que pensar, mas o tempo passou.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Viestes como uma morte lenta e indolor. Fostes como um forasteiro, deixastes tudo, largastes o mundo.
O amor conjugado perfeitamente por ambos no passado soa como um simples verbo inutilizavel.
Passaram-se dois dolorosos longos anos. Foram meses, semanas, dias, horas e minutos de sofrimento.
O leito arrancastes de mim deixando um rastro de felicidade vivida e por tempo indefinido perdida.
Deus, tu que és tão justo, por que tirastes meu amor, minha alegria, razão do meu viver?
Perdoa-me pelo meu passado, julgue-me como quiser, mas não continue minha vida desta maneira. Os martírios estão acabando com minha alma.
Te peço no mínimo uma noite, uma hora, só para lhe dizer o quanto és importante para mim, o quanto lhe amo e desejo. Dizer e provar que sem ele, minha vida não tem mais ansêios.
" Julieta - Só para ser sincera, e para prometer-te meu amor uma vez mais. E, no entanto, desejo apenas o que já tenho. Como o mar, meu amor é profundo e minha entrega desconhece fronteiras. Quanto mais me dôo a ti, mais eu tenho, pois tanto meu amor quanto minha entrega são infinitos. "
" Romeu - Com asas leves do amor superei estes muros, pois mesmo barreiras pétreas não são empecilho à entrada do amor. E aquilo que o amor pode fazer é exatamente o que o amor ousa tentar. Assim sendo, teus parentes não são obstáculos para mim. "
Se por algum canto deste vasto mundo, encontrares minha alma, imploro-te, devolva-me.
Nf, preciso disso, quase que obrigatório dentro de mim. Cadê minhas drogas? Devolvam-me.
Estou parada, sempre aqui.
Cadê minha vida? Devolva-me, meu amor.
A raiva está me consumindo por inteira. O fato de não conseguir alcançar minha meta me derruba. Pessoas dizendo o quanto sou fracassada, inútil e insuportável estão me matando.
Não se mais o que fazer. Não direi que me esforçarei para mudar, pois, pense comigo, sempre digo e nunca resolvo. 
Existe algo dentro de mim que não quer mudança, sempre tive medo, gosto do comum dentro de mim.
Preciso aprender a lidar comigo mesma. Chega de tentar ser agradável. Sou assim, me aceite se quiser.
Pode ter soado como um tremendo discurso de adolescente revoltado, mas no fundo, eu sou uma criança sem infância, adolescente sem atenção e uma futura adulta sem coração.
[...]Eu te sigo durante o dia. Na escola, quando sua mente sente vontade, eu te dou alguma coisa para pensar! Recontar as calorias consumidas do dia. Elas são muitas. Eu vou encher sua cabeça com pensamentos sobre comida, peso e calorias. Pois agora, eu realmente estou dentro de você. Eu sou sua cabeça, seu coração e sua alma. A dor da fome, que você finge não sentir, sou eu dentro de você![...]
Carta da Anna.

domingo, 3 de outubro de 2010

O mundo está parando. Não vejo saída. Preciso mudar, não me canso de falar isso. Deveria estar cansada, exausta, mas não consigo mudar.
Ando em círculos. Vida sem sentido. Preciso de um.
Não sei mais o que fazer, não tenho a quem correr.
Talvez possa usar isso como motivo de minha existência.
Amor, nossa, quanto tempo não tenho um. Posso criar um, uma pessoa.
Eu. Amor próprio. Novos Tempos, aqueles de mudança. Eu.
Vamos ver, amanhã um novo dia, um dia velho. Como todos, será monótono.
Preciso de mais cores, mais amores.
Cheiro... acredita que também está igual?
Deus, dê-me um sentido à minha existência.
Crises existências. Humores prejudiciais.
O que está acontecendo comigo?
Preciso de respostas.
Mas e eu?
O que fiz comigo?