domingo, 26 de dezembro de 2010

Sob minha própria solidão, encontro minha paz.
O amor, o que sabemos sobre o amor? Momentos repentinos de felicidade em que compartilhamos com quem amamos? Mas, e quando acaba? A tristeza sombria de desilusões frenéticas que nos perseguem por um tempo?
Não devemos chorar, sorria, nunca perca a sua inocência, não importa o que acontece, você é de você, ninguém pode tirar-lhe isto.
Uma de suas mais importantes missões na terra é: manter-se feliz, sorrir, você nunca pode perder sua alma, a que lhe mantem vivo, a chama de seu coração, a qual sem ela, você não viveria.
Um pequeno recado: Viva, independente de qualquer alegria.
Uma ótima noite, Ana Paula.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A solidão que antes me consumia hoje me faz falta. O vazio que antes doía hoje me sufoca. 
Nunca entendi muito bem meus sentimentos, preciso estar sozinha, momentos para mim mesma.
Egoísmo de minha parte, eu sei, mas o que posso fazer? Sou tão escura como a noite, e tão clara como uma tempestade de manhã.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Corte na história.

No crepúsculo dos domingos uma onda de alívio me atingia. Segunda estava chegando e o encontraria. A cada cigarro, penso nele. Pode ser errado, esse amor platônico. Sua voz me envolve de um modo misterioso. Me sinto bem perto dele, uma coisa que ele não imagina, se imaginar, será insignificante, mas é um dos sentimentos mais urgentes que senti esse ano.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Em casa, no meu quarto escuro, não conseguia dormir, sonhava acordada - seu rosto macio coberto de pintinhas, 16 no total, eu contei, seus olhos castanhos, boca grande, um tom de vermelho maravilhoso, cabelo cheiroso, macio e um pouco longo. - Ele estava completamente lindo, não me canso de dizer isso. Uma calça jeans preta com a bandeira da Inglaterra, uma camiseta branca e sua mochila vermelha.
Fiquei lembrando o modo em que murmurava, como dizia meu nome tão baixinho em minha orelha. Não poderia negar, eu o amava, estava completamente louca por ele.
Me sentia cada vez mais apaixonada, era uma sexta-feira, ficariamos juntos só até domingo. Não queria pensar em deixá-lo partir, quando pensava, era como se alguém estivesse arrancando meu coração.
Queria ficar grudada, um sentimento bom.
Após buscá-lo fomos encontrar seus amigos, mas eram ciumentos, me tratavam de um modo egoísta, mas ele era meu também, eu sentia isso.
Não comi em sua frente e sabia que ele estava faminto, deveria ter comido, também tive minha parcela de egoísmo.
Já era tarde, 22:00h para ser específica. Na frente do local onde comemos, tinha uma Igreja, caminhamos até lá abraçados, e como sempre meu coração acelerava, o tempo passou muito rápido, nós dois, embaixo das estrelas, nos beijando como se cada beijo fosse o último. Eu amava sentir aquilo, sentir seu corpo quente, suas mãos acariciando meu cabelo, cada beijo carinhoso, poderia morrer naquele exato momento, que morreria feliz, pois estava examente onde sempre sonhei estar.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

No decorrer do dia, pensava em uma roupa perfeita para encontrá-lo. O momento perfeito, nós dois juntos pela primeira vez. Acabei indo normal, - calça jeans escura, uma regata branca e um all star - contava as horas e quando vi já estava completamente atrasada. 
Nunca me esquecerei do momento em que o vi descendo do onibus, poderia ter uma foto, aquele momento inesquecível.
Veio em minha direção, não disse absolutamente nada. - sentia meu coração saindo do lugar, minhas pernas tremiam, meu rosto queimava, quase esqueci como respirar -.
Me envolveu em seus braços, finos mais que transmitiam uma proteção inexplicável. Eu coube, como se fosse feito para mim, medida certa.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Era uma daquelas tardes nubladas, o sentimento de perda se espalhava pelo ar, a dor no peito de perder um conhecido. Eu o vi.

domingo, 7 de novembro de 2010

Depois de dois anos, ela pergunta: - Foi fácil me esquecer? - ele com a frieza de sempre só disse uma palavra, a maldida palavra que a matou de vez.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Um lixo, nisso que minha vida se resume, um lixo. A saudade vem, e você vai.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Então desisti. O silêncio. A ausência. O desamor.
Nada faz sentido. Sofro, escrevo, me sacrifico, por você.
Quero seu corpo ao meu lado. 
Amores antigos usados como desculpas. 
Escondo meu desejo. Não posso admitir que te amo.
Seu amor me convém. Me aquece.
Lembro de um passado nosso. 
Existiu? Sonhei?
Não tenho mais escolhas.
Você está cada vez mais longe. 
Minha inspiração, meu molde.
Palavras que antes eram de um amor ardente, hoje são orações de sofrimento, angústia.
Me ajude. Te odeio. Te amo. Não preciso de você, mas te quero.
É fogo, amor, raiva, desejo, paixão, é simplesmente ódio. JB

Uma péssima noite, Ana Paula. 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Calor do corpo e o tempo passado.
Espírito. Alma. Forma. Desejo. 
Arde. Lateja. Sufoca. Melhora.
Quero cada vez mais.
Leve meu corpo daqui.
Use-me. Sufoque-me.
Tire de mim esse peso.
Renove minha alma.
Dê-me minha droga.
Quero viver. Faça-me sentir.
Faço de minha vida um livro sem final. 
De um modo desesperado, preciso de uma continuação.
Tenho tanto o que expressar. Meus dons não são muitos.
Tantas formas maravilhosas que encontro arte, e eu sem domínio. 
Escrever coisas banais, sobre o que vejo e sinto me alivia, um peso do mundo saindo de dentro de mim. Me domina e eu a valorizo.
Confuso e desesperado, mas é uma forma simples de expressar o que realmente sou.
Os calafrios estão tomando conta do meu corpo. Minha cabeça dói de uma maneira indescritível. 
Dor, febre, o calor de fora para detro e alucinações que me pertubam sempre. Há algo em meu passado que me persegue. Não é desta vida.
Penso se minha alma fora sempre de uma pessoa apaixonada.
De um tempo para cá, sonho com um soldado. Estados Unidos, tempo de guerra, perdi meu marido. Soa como um aviso.
Possuia uma casa pequena, um belo jardim, um balanço pendurado em uma árvore velha.
Tudo parecia formidável. Penso como se realmente fosse eu. Um dia chegou uma carta e ele teve de ir para a guerra. O tempo passava e eu simplesmente não tinha noticias até que em uma terrível manhã recebo outra, tive medo de abrir e com razão.
Ele se foi. Só me restavam as lembranças.
É como no sonho, a dor me faz sentir uma vitalidade brusca. 
Memórias estão comigo, provavelmente não se vão. 
Não sei como agir.
Não sei o que pensar, mas o tempo passou.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Viestes como uma morte lenta e indolor. Fostes como um forasteiro, deixastes tudo, largastes o mundo.
O amor conjugado perfeitamente por ambos no passado soa como um simples verbo inutilizavel.
Passaram-se dois dolorosos longos anos. Foram meses, semanas, dias, horas e minutos de sofrimento.
O leito arrancastes de mim deixando um rastro de felicidade vivida e por tempo indefinido perdida.
Deus, tu que és tão justo, por que tirastes meu amor, minha alegria, razão do meu viver?
Perdoa-me pelo meu passado, julgue-me como quiser, mas não continue minha vida desta maneira. Os martírios estão acabando com minha alma.
Te peço no mínimo uma noite, uma hora, só para lhe dizer o quanto és importante para mim, o quanto lhe amo e desejo. Dizer e provar que sem ele, minha vida não tem mais ansêios.
" Julieta - Só para ser sincera, e para prometer-te meu amor uma vez mais. E, no entanto, desejo apenas o que já tenho. Como o mar, meu amor é profundo e minha entrega desconhece fronteiras. Quanto mais me dôo a ti, mais eu tenho, pois tanto meu amor quanto minha entrega são infinitos. "
" Romeu - Com asas leves do amor superei estes muros, pois mesmo barreiras pétreas não são empecilho à entrada do amor. E aquilo que o amor pode fazer é exatamente o que o amor ousa tentar. Assim sendo, teus parentes não são obstáculos para mim. "
Se por algum canto deste vasto mundo, encontrares minha alma, imploro-te, devolva-me.
Nf, preciso disso, quase que obrigatório dentro de mim. Cadê minhas drogas? Devolvam-me.
Estou parada, sempre aqui.
Cadê minha vida? Devolva-me, meu amor.
A raiva está me consumindo por inteira. O fato de não conseguir alcançar minha meta me derruba. Pessoas dizendo o quanto sou fracassada, inútil e insuportável estão me matando.
Não se mais o que fazer. Não direi que me esforçarei para mudar, pois, pense comigo, sempre digo e nunca resolvo. 
Existe algo dentro de mim que não quer mudança, sempre tive medo, gosto do comum dentro de mim.
Preciso aprender a lidar comigo mesma. Chega de tentar ser agradável. Sou assim, me aceite se quiser.
Pode ter soado como um tremendo discurso de adolescente revoltado, mas no fundo, eu sou uma criança sem infância, adolescente sem atenção e uma futura adulta sem coração.
[...]Eu te sigo durante o dia. Na escola, quando sua mente sente vontade, eu te dou alguma coisa para pensar! Recontar as calorias consumidas do dia. Elas são muitas. Eu vou encher sua cabeça com pensamentos sobre comida, peso e calorias. Pois agora, eu realmente estou dentro de você. Eu sou sua cabeça, seu coração e sua alma. A dor da fome, que você finge não sentir, sou eu dentro de você![...]
Carta da Anna.

domingo, 3 de outubro de 2010

O mundo está parando. Não vejo saída. Preciso mudar, não me canso de falar isso. Deveria estar cansada, exausta, mas não consigo mudar.
Ando em círculos. Vida sem sentido. Preciso de um.
Não sei mais o que fazer, não tenho a quem correr.
Talvez possa usar isso como motivo de minha existência.
Amor, nossa, quanto tempo não tenho um. Posso criar um, uma pessoa.
Eu. Amor próprio. Novos Tempos, aqueles de mudança. Eu.
Vamos ver, amanhã um novo dia, um dia velho. Como todos, será monótono.
Preciso de mais cores, mais amores.
Cheiro... acredita que também está igual?
Deus, dê-me um sentido à minha existência.
Crises existências. Humores prejudiciais.
O que está acontecendo comigo?
Preciso de respostas.
Mas e eu?
O que fiz comigo?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Se soubesse o que sua ausência está me causando, voltaria. Perdi minha chama, meu amor próprio.
Prometo que vou te amar, vou te esperar. Minha vida sem você está monótona.
Você era formidável.
Não me sinto bem, preciso me reencontrar. Sinto uma necessidade incalculável de voltar a ser quem eu era.

sábado, 25 de setembro de 2010

I've got a feeling in my stomach
I start to wonder what his story might be
They said it changes when the sun goes down 
Chega de monotonia. Quero viver.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Anoiteceu, esquentou e eu aqui. Lua não tem o mesmo efeito como de antigamente. Janela aberta ondas de calor indesejadas estão penetrando minha pele. Não quero isso. 
Preciso voltar o tempo, uma coisa cliche, mas útil. 
Não existe mais nada, só as lembranças. Eram verdadeiras? Penso que são frutos da minha imaginação.
Me acorde. Nunca me senti tão vulnerável como agora.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Caro amigo, peço desculpas pelo fato de ter sumido por algum tempo.

"I'm miles from where you are,
I lay down on the cold ground
I, I pray that something picks me up
And sets me down in your warm arms"
Tomei uma decisão que pode soar como um mero impulso ou apenas algo momentaneo. A minha necessidade - de largar o tabaco, o etílico, começar a estudar, voltar com o meu ex-namorado e ficar em casa - é maior que minhas próprias forças internas.
Preciso de um tempo para mim mesma, não posso mais lutar contra o mundo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pode parecer ironico o modo em que minha vida está sempre terrível, estou sempre triste, me lamentando, vivendo de passado.
Hoje quando acordei, percebi que alguma coisa estava mudando, uma coisa que dói dentro de mim, completamente involuntária, ele está sumindo, aos poucos, tem dias em que ele não vem me visitar, sua alma está cada vez mais longe, posso sentir isso.
Não passei no vestibular, que novidade, não? Preciso estudar, esse é meu último ano com as pessoas pelas quais sinto afeto. No próximo, vou sumir, enfim a liberdade, a que eu sempre sonhei, longe de tudo e qualquer sombra do passado.
Estou confusa, a parte do meu cérebro que estimula meus sentimentos está me pregando uma peça e tanto! Entre o morto e logicamente outra pessoa. Me anima, mas ao mesmo tempo me deixa nervosa, chega a ser insuportável mas é agradável.
Minha mãe está me deixando louca, meu colégio, minhas amigas, meus cachorros, meu irmão, meu pai, meus avós, minhas roupas, meu cabelo, meu rosto, tudo.
Gostaria de fechar os olhos, contar até três e estar em um lugar completamente diferente.
 - Um lugar florido, com pássaros cantando, algumas árvores que me proporcionam sombra, uma temperatura legal, não tão frio e nem um pouco de calor, algumas cervejas, meu café e como sempre o meu cigarro.Faria minha própria música, minha alma me guiaria, rodaria sem parar, respiraria com um enorme prazer e agradeceria por estar viva e sozinha.

A.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

" I want to be where love is real and memorys of distant days come to real life again "

A dois anos, 24 meses, 732 dias, 17568 horas. 1054080 minutos, eu era feliz. Posso dizer que a pessoa mais realizada. Incrível como a morte pode acabar tanto com a vida de uma pessoa, mas não a física, a espiritual, sentimental. 
O mundo parece ser injusto, as memórias voltam todos os dias, não me permito esquecer, nem que seja um simples momento em que simplesmente nos olhavamos sem nada dizer. Brincadeiras, sorrisos, beijos, carinhos, bicos, manhas.. tanta coisa.
A sua voz ainda me arrepia, as fotos me fazem sentir como se voltasse o tempo, como se eu realmente estivesse lá. 
Me chamam de obcessiva. Que culpa tenho, ele me marcou, e me prometeu que um dia voltaria, esse dia pode nunca chegar, mas espero, do fundo do coração que chegue.
Quando minha mãe me vê chorando, sozinha no meu quarto, ela sempre diz : - "Filha, se conforme, ele morreu, mortos não voltam."
É fácil pedir pra esquecer, fazer de conta também, sorrir por fora e estar morrendo por dentro.
Chega a ser engraçado como toco os fios de cabelo que tenho guardado e consigo lembrar do momento em que eles cairam. Escutar as gravações e sentir o amor que sua voz transmitia. 
Já faz tempo, muito tempo, até para mim.
Me pergunto se um dia seguirei minha vida, não me vejo com outra pessoa, quando começo a gostar de alguém, não suporto a idéia de estar esquecendo a pessoa que mais amei, então corro, procuro justificativas plausiveis, mas não consigo pensar em perder ele de minha memória.
Seria tudo bem mais fácil se esse meu sentimento fosse respeitado, sem críticas.
Só eu sei o quando significou e o que está me custando, perder minha vida, lentamente.
Posso dizer que basicamente, estou reaprendendo a viver, é difícil, a morte é tão fácil perto disso.


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Hunger hurts but I want it so bad.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Todos fazemos escolhas e sempre sabemos que haverão consequências. Estar com alguém mas com receio de 'sofrer pressão psicológica' é um ato totalmente erradio. 
Não se deve usar as pessoas por carência, tristeza ou por competições. Ninguém é melhor que ninguém
O mundo não é como sonhamos, pelo menos para mim não. Eu luto por meus ideais e com isso me machuco.
Não gosto de pessoas colocarem o nome de Deus em tudo e se acharem 'santos', ninguém é perfeito. As pessoas não mudam, não adianta, elas podem tentar o resto de suas vidas e no fundo elas só enganam a si mesmos.
Não tenho dó de quem me faz mal e sim, como já disse, tenho ódio, 80% do que sinto é ódio e quer saber? Me sinto totalmente feliz sendo assim. Por que tenho que me sacrificar ou tratar os outros com uma falsidade insuportável? 
Odeio falsidade, odeio pessoas sorridentes, pessoas tristes, apaixonadas, desiludidas,  ironicas, odeio pessoas em geral. 
Acho o mundo a coisa mais linda, de verdade, suas cores, cheiros..tudo, mas não me encaixo nele, de forma alguma.
Gosto do escuro, amo minha cama, não vivo sem minhas músicas, meu trabalho, minha mãe e meus três cachorros. Adoraria ter tudo ao mesmo tempo.
Sou complexada, desde sempre, praticamente, quando era criança, sempre me achava o patinho feio da sala, nunca gostei da pessoa que sou, tem dias que me olho no espelho e acho meu rosto bonito, mas no segundo seguinte, vejo que não passa de uma máscara. Meu interior não é muito agradável.
Lembrei de mais uma coisa que eu odeio, as pessoas contarem meus segredos, principalmente os que são próximos. 
Uma terrível noite, Ana Paula.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Some musics I like:

 
Angus & Julia Stone - And the boys
lembro de mim mesma.

New  Found Land - We're all alone
Nina (minha cadela velha).

Poema - Blue Sweater
Meu namorado.

The Yeah Yeah Yeahs - Date with the night
Nambia & Bruna.

Anna Ternheim - Today is a good day
minha mãe.

Billy Joel - Piano Man 
Meu pai.

Joni Mitchell - California 
Meu irmão.

Elton John- Tiny Dancer
Meu irmão.

She & Him - You really got a hold on me
Fernanda Kreb


Outro dia coloco mais, estou mega cansada, beijocas, Anaê.
Incrível como decidir o futuro é dificil. Comigo pelo menos é assim, quero ser tudo e ao mesmo tempo não quero ser nada. Pessoas me acostumaram com a idéia de que não sou capaz de ser arquiteta, engenheira, veterinária, bioquímica ou biomédica. O mais interessante é que acredito. Ok, eu sei, preciso confiar e dedicar mais tempo a mim mesma, parar de dar atenção a tudo que me dizem.
Esse é um defeito meu, tenho vários, muitos mesmo, mas como minha tão admirada Clarice Lispector diz :
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."
Então, tento cortar todos eles, mas tenho esse medo ( mais um entre tantos ) de não ser mais eu mesma, de não ser a Ana Paula Sene.
Já pensei em mudar pelas pessoas, mas elas devem nos aceitar como somos, certo? No amor, temos que ser compreendidos não repreendidos.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Angus and Julia Stone ♥


"And the boys go on and on and on and on
And there's gold
Falling from the ceiling of this world
Falling from the heartbeat of this girl
Falling from the things we should have learned
Falling from the things we could have heard
Falling from the people that we heard
Falling from the love we never earned
Falling from the sky that should have burned
Falling from my heart"
Durante o dia penso, será que namorar é certo? Eu quero dizer, e se você não sabe se já está amando ou simplesmente se apegou? Quando tenta terminar mais simplesmente não consegue e se consegue volta no mesmo dia?
É estranho decifrar alguns sentimentos, o medo de ter e de perder. A desconfiança me deixa confusa, não pelo meu par, mas sim por mim.
Quando estamos juntos, é tudo tão diferente, gostoso, o tempo passa sem ao menos percebermos. Me sinto bem ao seu lado, poderia até dizer que com ele gostaria de passar todo meu dia, mas ao mesmo tempo, sinto vontade de fugir, sumir, desaparecer, nunca mais voltar...
Sinto uma felicidade e uma raiva tão grande que me consomem por inteira.
Se um dia eu podesse me decifrar, não estaria viva, talvez esta seja minha 'missão', me conhecer por completo.
Guardo muito meus sentimentos e minhas decepções, isto também me consome, só solto no último suspiro de minha paciência, ficar entre nós, ultimamente ela está muito, mas muito curta.
Tem dias que não suporto ir ao colégio, as mesmas pessoas, mesmas crianças, brincadeiras infantis... aquela falta de desconfiometro.. sabe aquelas pessoas que possuem uma certa necessidade de humilhar os outros para se sentir bem? Se mostrar? Acho ridículo. Pior que esses, são os que riem para não serem também discriminados.
Sou a filha da diretora de onde estudo.. qual é a minha culpa nisso? Toda mãe tem uma profissão, essa é a da minha, ela escolheu, não eu. Simplesmente estou no colégio para dar um certo apoio, uma segurança que só eu transmito a ela, mesmo que eu sofra com isso, por ela sou capaz de aguentar essas pessoas medíocres.
O mundo parece sempre dar volta na vida das pessoas, incrível como a minha parece estável, imóvel, sempre no mesmo lugar, sem chance de mudança por ambas das partes, minha e do universo.
Estou vivendo em um mundo completamente paralelo, assim sou feliz, não vou dizer que tenho meus amigos imaginários, mas converso comigo mesma, alto e em bom tom.. não tenho porque me sentir envergonhada por isso, esse é meu jeito, essa sou eu.
Podem me chamar de tudo, dou bola e muito, mas estive pensando, hoje eles pisam em mim, mas no futuro, ah, o futuro, ninguém sabe o que pode acontecer, até lá preparo algo bem legal, como dizem, vingança é um prato que se come frio. Não sou má e não serei eu que prepararei mas quero muito estar vendo, assistindo cada minuto da derrota deles.
Esse ódio no meu coração um dia me mata.
Um beijo, A.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

"This is called pain
It's called love, what I'm losing
I know love is a stranger
I know that changes come
I know love is a changer"
Incrível como o 'amor' pode nos mudar. É como se fizesse parte de você, uma vez nele, você não consegue ficar sem. De todas as drogas, deve estar entre as piores. Não acaba com os neurônios nem te deixa noiado. Ele acaba com o coração. O amor é bipolar, tenho certeza.
A falta de um amor pode acabar com qualquer um, mas a vinda de um novo pode ser muito pior. Você não esquece, é como se ficasse grudado eternamente em você, como se um dia você se esquecer de qualquer detalhe, lembrança ou cheiro, estaria traindo a si próprio.
Me sinto presa a um sentimento antigo, isso me deixa mal. Não consigo tratar as pessoas como tais, mas sim como os antigos. Não é por querer, é uma necessidade, talvez seja o medo de perder.
Sou insegura, vivo com meus 'medos', de perder, ganhar, conquistar e errar. Isso me atrapalha.
Se um dia me aproximei de você e te contei minha vida, é porque confiei na sua pessoa, você me transmitiu afeto.
Algumas pessoas me deprimem, pensam que não tenho sentimento ou que por ter muitos, não ligo para palavras maldosas. Não faço mal nem à pernilongos, por que faria à algum ser humano?
Tenho muitas perguntas, minhas perguntas. Nunca são respondidas e deste modo vivo no meu mundo, na minha 'bolha', meu cantinho feliz.
A.

Hoje abraçei minha cachorra mais velha (Nina, 7) e percebi que mesmo com o tempo ela continua a mesma, sua índole continua intocável. Foi engraçado, mas me fez pensar em mim, no que costumava ser, nos meus antigos sonhos, de pessoas que passaram pela minha vida como um furacão, deixando tudo misturado, confuso e perdido.
Os dias começaram a passar como anos e os anos como dias. O meu tempo era estranho, quando deveria amar as pessoas, simplesmente as odiava.
Me desvalorizei, parei de acreditar em mim mesma.
Poderia muito bem dizer que tudo isso tem um nome, mas do que adianta jogar a culpa em outra pessoa se eu não faço nada para mudar, já se passara quase dois anos sem meu vício, três no total. Ele morreu, sem mais nem menos, sumiu, me deixou sem pedir permissão.
Hoje gostaria de proclamar uma nova 'era' à minha vida, mas costumo fazer isto toda semana, o mesmo discurso. É pra valer? Espero.
Começei vários tratamentos, não quis terminar nenhum, ultimamente não quero terminar nada, tenho medo de mudar minha vida, não gosto de mudanças, elas me assustam.
Mudei duas vezes de colégio, tive de mudar meus amigos, ou melhor, o que eu acreditava com todo coração que eram. Isso me matou por dentro, eu chorava pela falta e no fundo sempre soube que para elas, minha falta era insignificante.
No meio do caminho encontrei meu conforto, duas pessoas maravilhosas, posso dizer que as considero minhas melhores amigas, mesmo longe, mesmo não indo à todas as festas junto, elas ficam comigo em meus momentos melancólicos, me escutam e não criticam.
Fiz ótimas amigas virtuais. Coisa de idiota? Não, se você (se alguém ler isto) tiver a chance, cultive e muito. Muitas vezes acredito que por não estar dizendo pessualmente posso confiar mais, me envolver cada vez mais.
Sou louca por cães, quando digo louca, é ser extremamente ligada a tal coisa. Quero todos os de rua pra mim, quero cuidar, dar carinho e amor.
Moro com minha mãe, sou totalmente dependente, não financeiramente mas amorosamente. Ela é a pessoa que está comigo a todo minuto, é pra ela que corro, que choro, rio, brigo, caminho e tomo café da manhã todos os dias.
Acho que não sei se é uma boa introdução ao que é a minha vida, mas basicamente, é isto, nada a menos e algumas coisas a mais.
Um beijo, A.