terça-feira, 3 de maio de 2011

Decadência espiritual.

Noites à fio com um cigarro entre os dedos, a insônia me irritando, fazendo lembrar dele. Ele, que me deixou e não quis mais voltar. Algo inusitado, para mim, não para ele. Como Caio Fernando disse - O silêncio e a imobilidade foram dois dos jeitos menos dolorosos que encontrei, naquele tempo, para ocupar meus dias, meu apartamento, minha cama, meus passeios, meus jantares, meus pensamentos, minhas trepadas e todas essas outras coisas que formam uma vida com ou sem alguém como Ana dentro dela. - e confirmo novamente, como ele, trai-lo é mais doloroso do que o momento em que me deixou.
Como pode alguém amar após algo tão traumatizante? Claro, eu fui traumatizada, não ele. 
Sem Franco, não sem Ana. Ana já era, Caio. Como as bolhas de sabão que tu tanto deseja que um vento leve para longe. Mas eu não fui. Não sou a Ana, sou a outra Ana. E a minha Ana, Franco, me deixou. 
Nenhuma trepada resolve, sei como é. Esse desejo de ser irresistivelmente desejado por alguém que seja Ana ( ou Franco ).