segunda-feira, 24 de maio de 2010

Hoje abraçei minha cachorra mais velha (Nina, 7) e percebi que mesmo com o tempo ela continua a mesma, sua índole continua intocável. Foi engraçado, mas me fez pensar em mim, no que costumava ser, nos meus antigos sonhos, de pessoas que passaram pela minha vida como um furacão, deixando tudo misturado, confuso e perdido.
Os dias começaram a passar como anos e os anos como dias. O meu tempo era estranho, quando deveria amar as pessoas, simplesmente as odiava.
Me desvalorizei, parei de acreditar em mim mesma.
Poderia muito bem dizer que tudo isso tem um nome, mas do que adianta jogar a culpa em outra pessoa se eu não faço nada para mudar, já se passara quase dois anos sem meu vício, três no total. Ele morreu, sem mais nem menos, sumiu, me deixou sem pedir permissão.
Hoje gostaria de proclamar uma nova 'era' à minha vida, mas costumo fazer isto toda semana, o mesmo discurso. É pra valer? Espero.
Começei vários tratamentos, não quis terminar nenhum, ultimamente não quero terminar nada, tenho medo de mudar minha vida, não gosto de mudanças, elas me assustam.
Mudei duas vezes de colégio, tive de mudar meus amigos, ou melhor, o que eu acreditava com todo coração que eram. Isso me matou por dentro, eu chorava pela falta e no fundo sempre soube que para elas, minha falta era insignificante.
No meio do caminho encontrei meu conforto, duas pessoas maravilhosas, posso dizer que as considero minhas melhores amigas, mesmo longe, mesmo não indo à todas as festas junto, elas ficam comigo em meus momentos melancólicos, me escutam e não criticam.
Fiz ótimas amigas virtuais. Coisa de idiota? Não, se você (se alguém ler isto) tiver a chance, cultive e muito. Muitas vezes acredito que por não estar dizendo pessualmente posso confiar mais, me envolver cada vez mais.
Sou louca por cães, quando digo louca, é ser extremamente ligada a tal coisa. Quero todos os de rua pra mim, quero cuidar, dar carinho e amor.
Moro com minha mãe, sou totalmente dependente, não financeiramente mas amorosamente. Ela é a pessoa que está comigo a todo minuto, é pra ela que corro, que choro, rio, brigo, caminho e tomo café da manhã todos os dias.
Acho que não sei se é uma boa introdução ao que é a minha vida, mas basicamente, é isto, nada a menos e algumas coisas a mais.
Um beijo, A.


Nenhum comentário:

Postar um comentário