sexta-feira, 29 de abril de 2011

Corselet Preto II.

Aquela voz, como senti falta daquela som. 
- Fadel.
- Sentiu minha falta, querida?
O sangue subiu, não reconhecia mais meus sentimentos. Tudo ficou escuro, já não pensava rápido. 
- Por que sentiria? 
- Você está me seguindo, Elisa. Sabes muito bem que venho aqui toda quarta.
- Encontrar suas putas, tinha me esquecido desse pequeno detalhe.
- Fala a verdade, meu anjo. Você ainda me ama.
- Meu querido, o amor está vendo alguém morrer.
- E quem vai te ver morrer?
Um cretino, mas eu o amei. Não consigo pensar o quanto fui burra. Foi a tanto tempo. Não minto que ainda sinto um desejo incontrolável de amá-lo como antes, mas nunca seria o mesmo. Fui trocada por 500 reais de sexo sem sentimento, em nossa cama, na minha casa. Lembro como se fosse ontem. 

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